quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Gira Disto! [1º]

Original: Led Zeppelin (Composição: Jimmy Page / Robert Plant)
Interpretação: Stone Temple Pilots

            Nada melhor para começar do que com um pouco de Rock'n'Roll, pois é um dos géneros musicais cuja criação se situa num periodo da história que nos legou um leque tão grande de tão belas canções. E também pela razão de que se não fosse os artistas desta época a etregarem-se com afinco na demanda de roperam com certas formas estabelicidas do seu tempo, possivelmente a música que actualmente escutamos e nos vangloriamos não teria tanta cor e brilho como a que tem.
          Posto isto, resolvo-me a introduzir esta rubrica, nada mais nada menos, do que com uma magnífica canção daquela que foi um dos grupos mais fulgurantes,  mais prolíficos e mais geniais deste periodo e de toda a história da música - os Led Zeppelin. Falarei mais especificamente da canção denominada  "Dancing day's" desta mítica banda inglesa, formada em 1968 e cujos integrantes eram: Jimmy Page (guitara), Robert  Plant (vocais), John Bonham (bateria) e John Paul Jones. No entanto, apresento esta canção na voz do irreverente Scott Weiland, actualmente intregrante dos Velvet Revolver, acompanhado com os membros da banda na qual pertencia no momento da gravação deste cover - os Stone Temple Pilots. A minha escolha por um lado é pessoal: esta é simplesmente a música que, num universo tão grande de belas canções que este agrupamento possui, a que eu mais venero. Contudo, decide-me por ela em detrimento de outras tantas por três razões: primeiro, pelo facto de ocupar um lugar especial na carreira dos Led Zeppelin; segundo, porque as razões inerentes á sua criação é das que melhor expõe o espirito artístico daquele tempo e terceiro, devido particularmente a esta nova interpretação na voz de um dos artistas que melhor exprime nos nossos dias toda aquela atmosfera vivida por Plant, Page e companhia.
        "Dancing day's" foi lançado pelos Led pela primeira vez em 1973, naquela que foi o quinto album da sua carreira - "Houses of the Holy", sob o selo Atlantic Records. Consta que a música foi inspirada por uma cantiga indiana que Jimmy Page e Robert Plant haviam escutado aquando da sua viagem á Bombaim, actual Mumbai. O nome da canção advem do sentimento que experimentaram no regresso após a sua gravação: ficaram tão extasiados com o resultado do trabalho feito que, contentes, sairam do estúdio em Stargroves (propriedade que a banda mantinha na extremidade este, em Newbury na Inglaterra) e correram aos pulos o revaldo da propriedade e dançaram ao seu ritmo.
        Este disco é uma auténtica pérola na curta e singular existência dos Led Zeppelin pois marca um mudança de estilo no som da banda. Traz consigo um conjunto de grandes canções que posterioremente haveriam de se transformar em porta estandartes de toda a obra deste músicos, tais como o electrizante "The Song Remains The Same", o surreal  "No Quarter" e o festivo "The Ocean". Para além do blues que nos trabalhos anteriores era a influência mais predominante, neste cd eles vão mais longe e em algumas canções, como por exemplo "D'yer Mak'er" e "The Crunge" incorporam novos géneros musicais, com uma impresionante perfeição.

"Dancing days are here again,
As the summer evenings grow.
I got my flower, I got my power,
I got a woman who knows.

I said it's alright,
You know it's alright,
I guess it's all in my heart.
You'll be my only,
My one and only,
Is that the way it should start?

Crazy ways are evident,
By the way you wearin' your clothes.
Sippin' booze is precedent,
As the evening starts to glow.
You know it's alright,
I said it's alright,
You know it's all in my heart.
You'll be my only,
My one and only,
Is that the way it should start?

You told your mother I'd get you home,
But you didn't say I got no car.
I saw a lion, he was standin' alone,
With a tadpole in a jar.

You know it's alright,
I said it's alright,
I guess it's all in my heart, heart, heart.
You'll be my only,
My one and only,
Is that the way it should start?

So dancing days are here again,
As the summer evenings grow.
You are my flower, You are my power,
You are my woman who knows.

I said it's alright,
You know it's alright,
You know it's all in my heart.
You'll be my only,
My one and only,
Is that the way it should start?
I know it isn't. ."

                  É também de referir que "Houses of the holy" foi o último album da banda a ser lançado pela editora Atlantic Records. Após este eles criaram a sua própria editora denominada Swan Song Records. Todavia, no momento do lançamento do disco, em Março desse ano, a primeira canção que foi posta circular nas rádios foi precisamente este - "Dancing Days". Apesar da sua "simplicidade" é suberbo o poder lírico que a canção engendra. É uma balada que gira toda ela em torno do sentimento de pertença inserido numa atmosfera estival que lhe confere brilho e encanto.
                Para finalizar, falemos do cover em si. Geniais são os artistas que conseguem criar coisas tão belas que um grande numero de pessoas se revê nelas. No entanto, geniais também são outros artistas que conseguem no seu tempo, bem interpretar e actualizar as obras dos primeiros, permitindo-nos relembrar/reviver a atmosfera e a magia dessas criações.
               O Stone Temple Pilots era uma banda de rock americano formada, em 1986, em California. Para além de Scott Weiland pertenciam também á banda nomes como Eric Kretz (bateria) e os irmãos Robert DeLeo (baixo) e Dean DeLeo (guitara). Alcançaram renome internacional com aquele que é, até hoje, o seu album mais aclamado -  "Core", cujo maior sucesso foi "Plush". Devido aos problemas pessoais que naquela altura o vocalista da banda enfrentava, os restantes membros foram obrigados a cessar o projecto. Todavia, não o fizeram sem antes nos deixarem este magnífico cover que pode ser encontrado num disco intitulado "Encomium: A tribute to Led Zeppelin" realizado pela antiga editora  deste, na qual os Stone Temple Pilots também pertenceram.



 

1 comentário:

  1. Caro Mbangale
    Os seus textos deviam ser lidos na rádio. Todas as manhãs.

    Cordialmente,

    B

    ResponderEliminar