terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O início de mais uma etapa

"Amanhecer de Lisboa com Nevoeiro" (1)

É uma manhã pálida e fria como tudo que se abre diante dos nossos olhos e nos convida á total inação. A sua lividez é tão opaca que, ao longe, apenas vislumbramos os contornos dos edifícios. A nesga luz solar que por vezes irrompe o seu manto de névoa, molha-nos o rosto com breves cintilações, ligeiramente quentes.
            
Os ponteiros do relógio marcam nove horas e meia da manhã. E cada pessoa  mentaliza á sua maneira o modo como irá confrontar os restantes dias da semana.
            
Gradualmente a cidade desperta o seu êmbolo e põe em acção todo o seu movimento: um homem de baixa estatura, calvo e histérico informa via telemóvel que chegará atrasado ao encontro combinado; de mochila as costas e passo cadenciado, um jovem com auriculares postos nos ouvidos escuta absorto as canções que se apoderam da sua mente, com esperança de extrair delas as energias necessárias para suportar as primeiras horas de instrução; um senhora com um súbito passo de ginástica entra, aliviada, dentro da carruagem de um comboio prestes a partir...
            
Enfim, sob o denso nevoeiro o dia começa com todo o seu teatro pitoresco, dinâmico, humano.



(1) - fonte: http://picasaweb.google.com/lh/photo/dmYYpsfR-22ICpBxoUT-Hg

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